Apesar de contar
com 110 mil habitantes e mais de 72 mil eleitores, Açailândia
segue com uma ferida política que insiste em não cicatrizar: a eleição de representantes
de fora, que somem do mapa assim que garantem seus mandatos.
Nas últimas eleições
majoritárias, a população local entregou expressivas votações a candidatos
estaduais e federais que nem moram aqui, nem representam de verdade a
cidade. E o resultado, como já era esperado, foi o de sempre: zero
emendas, zero projetos, zero presença. Nada além do silêncio de gabinetes
distantes.
Só pra refrescar a memória do eleitor:
- Josivaldo JP (PSD): 3.198 votos
- Aluísio Mendes: 3.055 votos
- Roseana Sarney: 1.393 votos
- Amanda Gentil: 406 votos
- Carlos Lula: 3.678 votos
- Daniella Gentil: 2.997 votos
- Keke Teixeira: 1.562 votos
- Edna Silva: 1.531 votos
A maioria desses nomes
nunca mais pisou em Açailândia. Nenhuma prestação de contas. Nenhum
retorno. Nenhuma resposta. O discurso é bonito — “a casa é do povo” — mas a
prática mostra que muitos tratam nosso povo como massa de manobra, e só.
Enquanto isso,
seguimos atolados em problemas crônicos: infraestrutura precária,
saúde capenga, juventude esquecida e um cenário de abandono institucional.
O que falta então?
Falta o básico: consciência eleitoral.
É hora do povo açailândense olhar pra trás, analisar quem votou e o que
esse candidato entregou, e usar isso como critério de exclusão nas
próximas urnas. Só assim vamos sair da política do improviso e voltar a ter
representatividade de verdade.
Açailândia já provou
que pode eleger os seus. Nomes como Petrônio Gonçalves,
Deusdete Sampaio, Sérgio Vieira, Hélio Santos e Pr. Cavalcante mostraram
que quando o povo acredita no que é da terra, o jogo vira. É possível
sim ocupar espaços nos plenários estaduais e federais com gente daqui —
basta querer, basta acreditar, basta votar certo.
A conta tá aí. A
responsabilidade também.
